Ela era bem mais velha que
ele, e ficaram juntos, deliciosamente, e ao acordarem certo dia, ele passa a
rejeitá-la, correndo pra cá e pra lá, ela queria ficar com ele novamente, mais
e mais, e lembrava das delícias das noite juntos, lembrava de cada parte
daqueles momentos, e a estranheza da situação, dele fugindo, ficava, e ela não
entendia, que a cada quase encontro, lá estava ele saindo correndo, hoje subia
uma escada, amanhã, corria em outra, ela besuntava, tentava chegar perto, até
parecia que ele...o que era, ele fazia uns gestos, movimentos que para ela eram
ininteligíveis, e se perguntava o que dê ruim ou péssimo ela teria feito
naquela noite, noites saborosas, e sabendo que para ele tinham sido “noites”, o
que teria havido, sentia o gosto em sua boca, estava latente, queria mais,
experimentava, depois de algum tempo, o frescor e o ardor, a dor do amor do
momento, e pensava que até conseguirem chegar àquelas noites, passou bons
momentos cercando, entendendo, conhecendo, analisando, sentindo, e pensava em
todos os gerúndios, mas como entender aquele distanciamento, porque ele havia
gostado, ele estava nos mesmos gerúndios de pensamentos, ele, por vezes,
meneava a cabeça, olhava de soslaio, mordiscava os lábios carnudos, tudo para
ela, e ela ia à loucura só de olhar esses gestos sorrateiros, eram fálicos no
pensamento, e divagava ao tentar entender a sua correria, aquele sobre e desce,
e os gestos do corpo, fugindo do quê ela se perguntava, e nalguns instantes em
que olhava, parecia ele estar cuspindo, escarrando, não saberia ao certo dizer
o que era, e nesse tempo que se passava, suas vidas tocavam, e quando numa
manhã, num posto de saúde da região onde moravam, se encontraram, ela com dores
nas mãos e ele... e ela na maior surpresa descobre que ele estava grávido de
três meses, dela, fato que ele nunca pensara ou queria que acontecesse, e a
cabeça dela, ao saber, girava, doía, quase enlouqueceu de felicidade e espanto,
tudo junto, e acabou lembrando daqueles movimentos dele, daqueles gestos,
então, entendeu que eram vômitos, ânsias, mas, e agora...
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
A tristeza da alegria
De muita alegria
Da felicidade, ser feliz
E se acabar
De medir, e chegar ao fim
E nada encontrar
E a felicidade??
Ainda está!!!
De durar o tempo que durar
E que dura sempre dessa forma
Em doses
Que nos faz sentir
Calar
Emudecer
Sorrir
Sem perceber
Contente
E a mente, transparece
Na face
Sorrindo
Que mundo!!
Belo
Singelo
E vivo
Feliz
As vezes
Sem perceber
Música, Milton nascimento: "Mas quem se foi, no pensamento se foi..." (Antonio Plácido de
Alencar)
Liberdade
A liberdade é.
Não se aprende...
Nem se estuda.
Se é!!
Se está liberto, está.
Vai e volta
A hora e quando se quer.
Movimento Cultural
Movimento
de cultura estabelecido.
Tá
pensando assim? Sei não.Cultura.
Está
curioso em saber o que tem de novo?
Ou
de velho, mas que é novo, que é sempre atual, recorrente?
Estabelecido!
Estar
estabelecido é pagar o que deve?
É
cumprir o projeto regrado?
Olhar
o seu umbigo?
Estar
estabelecido é todo dia achar que não!!
É
bater na mesma tecla.
É
falar, é ligar, e no século 21, mandar email,
No
facebook, e no Orkut, nas mídias.
E
naquele bate-papo de mercado,
Que
achava que não era nada.
É
usar o seu blog.
É
incessante.
É
o ego do outro.
E
o seu.
E
se perguntar: Porque não veio ao teatro hoje?
Era
de graça.
Está
difundido aí, de várias formas.
No
Sarau, na Leitura Dramática, no Ônibus,
E
na Bicicloteca.
Está
nas postesias,
E
no buteco do Zé Batidão.
E
lá na Vila do Fundão.
Está
na periferia.
E
você nem viu.
Então,
para de reclamar
E
sai do lugar.
Vai
conhecer, se achegar.
E
quem sabe, participar.
E
você
Continua
a reclamar, falar, cobrar,
Que
não tem lugar
Pra
estar.
Que
não viu, nem assistiu.
É
lá que acontece.
E
precisamos estar antenado, ligado.
Nada
terminado.
Tudo
está para construir.
Pra
não deixar passar o mundo que agora está.
É
agora que acontece, não é manhã.
O
ontem já foi.
domingo, 19 de agosto de 2012
A Casinha da Boneca
A boneca
está pensando em dormir
Deixa
os olhos semicerrados
Entreolha
Uma
janela se fechou
A
outra, mostra fios de luz entrando
Na
sala
No
quarto
Nos
cômodos do dia e da vida
Busca
pegar o Sol com a mão
E
Ele
Esvaindo
Corre
prá cá e prá lá
Estática
Quer
o dia
E se
inebria com o anoitecer
Que
vai chegando
Ao
som do fim do dia
E
o cheiro do entardecer
Encobre
A
boneca
Assinar:
Postagens (Atom)