Quem sou eu pra entender a seca dos seus olhos,
Que marejam apenas sonhos e pensamentos?
Que o calcanhar é tão duro quanto cada passada sua?
Quem sou eu?
Que me arquejo para tomar água na bica,
E você debruça fixo no horizonte vendo um oásis?
Sua pegada afunda na terra seca
Usando a percata desfalecida entre os dedos,
E a cada suor escorrido na testa,
Um lampejo de esperança,
Que tocando sua viola,
Canta a inquietude do coração
Sertanejo.
Oh, Homem da Terra!!
Quem sou eu?
Eu?
Sou nada.