Eu preciso dizer que tenho pavor em falar da morte. Da morte
de todas as formas. Da família, principalmente. Mas da morte da forma, do
jeito, do momento.
Preciso dizer que quando começamos um assunto que pode levar
a esse assunto, eu paro. Paro. Paraliso. Não quero. Posso chegar até disfarçar.Mas
paraliso.
Falar da minha, da sua, da nossa, da família? Me deixa
inerte. Me emudece. Entende?
E posso falar a fio, horas contigo. Mas estarei total
emudecida. Dentro.
Eu preciso chorar rios de lágrimas que nem serão inesgotáveis
pra uma pororoca.
Parei. Solucei. Ouvi uma música do Luiz Melodia. E o som da dor ainda continua. Mais leve, confesso. Mais distante.
Distante porque nem sabemos em que momento irá acontecer.
Mais vai.
E esse momento vai acontecer e isso é que é foda. Porque ele
vai vir. E de verdade.
Minha irmã e Eu falamos desse assunto? Não, não falamos!! Nadinha!
E esse fato permeia, está de espreita. Nos rodeia. A todos
nós.
Querem minha confissão do quê? Quem? Da família, porra!!
Chega!!
13/01/0017, 21h20, após papear gostosamente com minha irmã,
Kika!!
(digo que foi uma tarde muito gostosa, e papeamos muito mais
sobre os amigos)
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