sexta-feira, 22 de junho de 2018

Quimera!!



Você acordou rápido
Tomou banho rápido
E trocou de roupa rápido
Nem tomou café, porque era muito rápido
E chegou no trampo rápido
Nem viu o povo passar, porque era(m) rápido(s)
Aquela conta do cartão, de crédito, rápido
Ou era de débito, rápido
E as despesas foram chegando, rápidas
E era dia ou era noite, nem viu, era rápido
E esqueceu de beber a água pros rins, rápido
Tinha uma festa, achou que era encontro, mas, rápido
E a higiêne pessoal, aquele retoque, rápido
A mãe, o pai, a vizinhança, o cachorro, rápido
E morreu, rápido



sábado, 9 de junho de 2018

Mamãe Laura, saudade


Junho (muito estranho ainda.. 290618, odeio o tempo as vezes)

Saudade
Latente
Cortante
Sem entendimentos

Só saudade
E é voz que se houve
E são falas faladas
E palavras sentidas
E músicas cantadas
Todas na sua voz
Nas suas palavras

Quanto tempo dura uma dor?
Que tempo é esse que se vasculha momentos, as cantorias, as histórias, os deitar, os aconchegos.
Saudade!!

Menina Mãe, que gostoso dormi no seu colo, no seu acalento, no seu afago, ouvindo suas histórias.

Quanto vale? Ou é por cor?

A Periferia resiste, insiste, e luta junto.

Demos voz a essa palavra tão proferida nos meios.
Mas, mais que isso, 
Demos amor
Demos igualdade
Demos oportunidade
Demos!
Demos segurança
Demos educação
Demos atenção
Demos acesso

Qual a sua voz?
Qual a sua luta?
Qual a sua entrega?
Qual a sua deixa?
Qual a sua irmandade?
Qual a sua pureza?
Qual a sua doação?
Do pão?
Do arroz?
Do feijão?
Qual a sua conta corrente?
Qual a sua coberta?
Qual a sua descoberta?
Qual a sua fome?
Qual a sua cor?
Qual a sua idade?
Qual a sua cidade?

Demos moradia
Demos teto
Demos cobertura
Demos laje

Periferia: Palavra e voz
Ouvir
Entender

Ouvir com atenção
Entender ouvindo

Quanto vale?
Ou é por cor?
É por onde?
Que passas sua trajetória?

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E começou porque assisti https://www.facebook.com/jornaldaband/videos/835377723333648/

Encontros culturais em que as pessoas manifestam sua arte fazem a diferença na vida de muita gente. Na reportagem especial, você vai conhecer um sarau na periferia de São Paulo que transformou o cotidiano de uma dona de casa. 

Sarau versos em versos
Agencia Solano Trindade 


segunda-feira, 4 de junho de 2018

Dor na Alma

Tem coisas que não podemos falar nem pra nós mesmas.
E quando isso acontece, a dor é em todos os poros do corpo.
E mesmo a gente contando algo, uma situação, é dentro da gente que a dor está.
Porque é na sua cabeça que rola todas as situações.
É como se fosse um mapa e com setas.
Se for por aqui, acontece isso.
Se for por ali, acontece assado.

Também sei que algumas vezes somos capaz de criar situações que nem existem.

E também, quando ouvimos algo, a pessoa que fala, tem um desejo na fala.
Ela quer passar uma infomarção?
Ela tá sendo o quê quando te conta algo?

Aí, vem a nossa cabeça e tenta desatar esses nós, esse emaranhado.
E quando não consigo, fico assim.
Porque a gente não tem todas as respostas.

E as vezes por causa d algumas dessas dores, nos fragilizmos, e vamos dando brechas pras outras dorem entrarem.
Vamos nos dispersando.
Vamos carregando um tantão de medos, de receios, qu nos paraliza.